Sinto-me impotente
num determinado momento
onde o real acontecimento
tornou-se ousado e evidente.
Tudo é atractivo
enquanto chama
entusiasma
para ser apelativo.
Ficamos boquiabertos
qual zé ninguém
escamoteando o bem
face a ideais concretos.
Apregoamos a serenidade
na comunidade
diante de uma sociedade
carregada de vaidade.
Olhamos para o vizinho
intencionalmente
por vezes maliciosamente
sem qualquer carinho.
A consciência já era
actualmente tudo se copia
e até se plagia
nesta verdadeira selva.
Apetece-nos transmutar
esta incerteza
embelezada pela esperteza
num requintado saber estar.
O perigo está visível
nada pode ser escamoteado
o humano não está avisado
tudo pode ser transmissível.
A plateia encontra-se expectante
iniciando-se a novela
ridicularizada na tela
neste universo periclitante.
Liberdade neste tenebroso caudal
minada pela alegria
salpicada pela vida
irmanada no fraternal.
Resta-nos a oração
como única fonte
servindo de ponte
opondo-se a esta perdição.
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